segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O Que é Amor e o Que é Paixão?

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Dizem que a condição de apaixonado é uma característica sobre-humana.   Por conseguinte, o ser humano é normalmente incapaz de lidar com ela.  É um estado extasiante para um Homo Sapiens comum.

Enquanto amar é conviver com a realidade do outro, com suas falhas, magnificências, defeitos, virtudes, o ficar apaixonado é sentimento súbito; vê-se instantaneamente na outra pessoa tudo aquilo que desejamos possuir e reter.

Os poetas e os romancistas conseguem criar extraordinários escritos em nome da paixão e chegam a afirmar que “Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando a paixão dele toma conta”.  Alguns dizem até ser aquilo que vivenciamos, quando estamos apaixonados, o nosso estado normal.

O amor mostra aos homens e às mulheres como eles deveriam ser sempre, escreveu o russo Anton Tchekhov. 

Encontrando-me neste dilema, sem entender o que é amor e o que é paixão, socorreu-me o velho amigo dicionário Aurélio.

Nele, o verbete Amor significa: “sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também, atração física”. 

Paixão: é “emoção levada a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão”. 

Mas não importa o que sei ou o que dizem, mas sim o que sinto.

Acredito que a paixão seja visceral – com um grande componente sexual. O amor é intelectual. Paixão e amor podem ser, cada um, início ou fim do outro. Ou podem não ser? Mais importante do que qualquer teoria, etimologia, dicionário ou ciência humana, é quando você disser “eu te amo”, independente da fase existencial pela qual esteja passando, dizê-lo com muita certeza da aspiração de juntos envelhecerem...

E saber:
- que você não pode exigir, a cada momento, paixão e amor e compreensão; ninguém pode controlar suas emoções.

- que você deve permanecer fiel à paixão da vida, apesar de ela ser composta por uma infinidade de ilusões que servem de analgésico para a alma.

- que as paixões são como as ventanias que enfunam as velas dos barcos, fazendo-os navegar, embora por vezes possam fazê-los naufragar; mas se não fossem elas, não existiriam viagens nem aventuras, nem novas descobertas.

- que você deve perguntar e continuar perguntando; quem sabe de todas as respostas ultrapassou a velhice.


Assim, aos meus quase 80 anos, continuo ainda sem saber o que é Amor e muito menos o que é Paixão. 

Se alguém souber, por favor, me avise... 

Obrigado.



Meraldo Zisman
Psicoterapeuta



quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O menininho


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Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande. Quando o menininho descobriu que podia ir à sua sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.

Uma manhã a professora disse:

- Hoje nós iremos fazer um desenho!

Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... Pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.

A professora então disse:

- Esperem, ainda não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos e disse:

- Agora nós iremos desenhar flores. 

O menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul, quando escutou a professora dizer:

- Esperem! Vou mostrar como fazer! E a flor era vermelha com o caule verde. Assim, disse a professora. Agora vocês podem começar a desenhar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso... Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.

Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Então a professora disse:

- Esperem! Não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos.

- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:

- Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar. E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso. Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo igual ao da professora.

E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisa exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola. Esta escola era maior ainda que a primeira. Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala.

Um dia a professora disse:

- Hoje nós vamos fazer um desenho...

Que bom! Pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho perguntou:

- Você não quer desenhar?

- Sim, o que nós vamos fazer?

- Eu não sei até que você o faça

- Como eu posso fazê-lo?

- Da maneira que você gostar

- E de que cor?

- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual é o desenho de cada um?

- Eu não sei! Respondeu por fim o menininho e começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde



Helen E, Buckley




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Prevenção a drogas


A questão das drogas é certamente uma das mais difíceis de serem enfrentadas nos dias de hoje. Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas previnam-se contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.

Usar drogas significa em primeira instância, buscar prazer, mas é um prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo cada vez mais como se fosse bom.

A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.

Prevenção Primária: acontece antes que surja o problema da droga, é caminho fértil para a família e escola prevenir.  Supõe um diálogo aberto; atividades prazerosas (musicais, literárias, sociais, esportivas, artísticas, etc); estímulo à auto-estima (elogios sinceros, crença na pessoa, etc); estímulo à crítica; treino das habilidades para lidar com frustrações, fracassos e ansiedades; espaço e treino para lidar com "figura de autoridade".

Prevenção Secundária: ocorre quando já começa a surgir o consumo de drogas, é uma etapa difícil para a família que, muitas vezes, não quer enxergar e para a escola, que fica sozinha e se sente impotente.   A melhor saída é enfrentar a situação, buscar auxílio de pessoas especializadas, oferecer ajuda concreta, evitando emitir juízos de valor e agindo com coerência e bom senso.

Prevenção Terciária: ocorre quando já chegou à dependência de drogas, deve-se incentivar os usuários a procurar uma terapia adequada, contar com pessoas que são da sua confiança para convencê-lo a encontrar ajuda especializada; incentivar o diálogo com a família; acreditar que ele é recuperável; colaborar na reintegração social com oferecimentos de alternativas de lazer, arte, esporte e profissão.






quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Somos o que somos

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Em busca de respostas...

Quem eu sou? Quais os meus sonhos? O que realmente espero da vida?

Passamos a maior parte do tempo em busca de respostas para questões que muitas vezes são consideradas filosóficas.  São difíceis de responder por que englobam muito mais do que imaginamos.   Envolvem conceitos e valores que adquirimos ao longo de nossa existência.

Quando estou em meu consultório recebo pessoas que tem sonhos, desejos, esperam mil coisas da vida, mas que infelizmente perderam o essencial, esqueceram-se de quem realmente são.

Buscam suas realizações, mas esquecem-se de valores há muito tempo aprendidos e que fazem parte de nossas raízes.  Fico muito feliz quando encontro pessoas que são ligadas à família não por obrigação, mas porque "curtem" essa relação... "curtem" saber sua própria história e ao que estão ligadas. 

Mas, por outro lado, ao longo de nossa caminhada passamos a responder sempre aquilo que o outro espera ouvir, agimos como achamos que é correto (porque foi assim que aprendemos), confundimos “ser boa com ser boba”.   É apenas um “b” que separa toda uma forma de pensar e agir.

Na psicoterapia não temos respostam prontas para essas perguntas. Mas, aprendemos a nos questionar sobre nossa busca pessoal, nos transportamos a um universo único de esperança e desejo que refaz dia-a-dia o caminho de ser, estar e ter felicidade.




terça-feira, 5 de setembro de 2017

MEDO

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Em nossa vida temos vários medos... Medo do bicho-papão, da Cuca, do Boi da Cara-Preta.  E quando crescemos perdemos o medo desses monstros e os transformamos em outros maiores ainda.

Temos medo de perder quem amamos.  Temos medo de não realizar nossos sonhos.  Temos medo de sermos rejeitados.  Temos medo de perder o emprego.  Temos medo de mostrar nossa felicidade, enfim... temos medo do MEDO.

Mas o que é o medo?

Medo é uma inquietação diante de um perigo real ou imaginário.

O medo é necessário.  É ele que nos faz tomar cuidado, por exemplo para não se machucar.  Digamos que é uma proteção... um sinal de alerta.   Situações reais de perigo exigem discernimento, mas o medo irracional deve ser enfrentado. 

O problema é quando exageramos no medo e deixamos de tomar decisões, fazer escolhas, arriscar.  Colocamos as nossas inseguranças a frente e paralisamos nossa vida. 

Precisamos descobrir o que o medo significa para nós.    Por exemplo, porque tenho medo de uma determinada situação?  O que espero dela?  Tenho medo de fracassar?  O que meu inconsciente está registrando que me assusta e paralisa?

Respondidas essas questões fica mais fácil enfrentar o medo.  E se preciso for fazer e refazer escolhas.




segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Expectativas

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Esperamos demais das pessoas... esperamos tanto, mas tanto, que chegamos a acreditar que elas realmente possam sentir o mesmo que sentimos. 

Quando falamos em desilusão, estamos falando de expectativas não realizadas. Esperamos demais dos outros, esperamos demais de nós e acabamos criando uma bola de neve com ressentimentos, mágoas, ódio, críticas e principalmente auto-críticas.

Na verdade, acho que a grande vilã dos relacionamentos é a palavra expectativa. Em todos os relacionamentos, esperar demais talvez seja o maior erro; esperar um sorriso, um abraço ou uma palavra que tranquiliza em um momento de dificuldade, esperar uma atitude diferente, esperar um comportamento diferente...

Mas existe o outro lado não é? Quando esperamos muito de alguém esquecemos que essa pessoa também está esperando algo de nós. Talvez ela espere apenas que não nos decepcionemos com ela ou que talvez tenhamos paciência com suas tentativas de corresponder as nossas expectativas. 

Então lembre-se dessa outra pessoa e faça um teste, deixe de esperar algo dela e contente-se com o que ela pode lhe oferecer.

Como dizia São Francisco de Assis: "É dando que se recebe e é perdoando que se é perdoado".

Quanto a mim, vou reler esse texto algumas vezes e aprender com o que eu mesma escrevi.




terça-feira, 22 de agosto de 2017

Caderno de Perguntas

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Hoje estava atendendo e me deparei com a situação de uma jovem que não sabe quem é, ou o que gosta, ou sonha, não sabe dizer o que gosta de assistir ou comer, do que gosta de fazer e durante nossa conversa me lembrei daquele caderno que passava em toda a escola, em que cada folha continha uma pergunta... foi um época boa... uma época em que havia autoconhecimento, se assim podemos chamar. 

Lembro que foi nos anos 80 rsrs, para quem não sabe o que é o CADERNO DE PERGUNTAS, ai vai uma explicação. 

A menina comprava um caderno e o encapava de uma forma bem bonita... ai em cada página colocava uma pergunta e passava por toda a classe ou escola, para que os amigos respondessem. 

As perguntas podiam ser feitas sobre qualquer assunto, variando, é claro, conforme o interesse de cada menina.  Normalmente, as perguntas eram relacionadas a vida da criança, com ênfase em gostos pessoais.   No final do caderno, pedia-se uma recordação escrita a quem respondeu as perguntas. 

Eram muitas perguntas e vou listar algumas abaixo, mas com certeza essa era a rede social da época e nos fazia refletir em nossa própria história e nos aproximar dos amigos. 

Penso no quanto essas coisas precisam ser resgatadas.  Fazem uma diferença enorme para uma geração que não sabe gostar das coisas... antes pensávamos que esse caderno era para conhecer os amigos ou o “paquera”, mas hoje vejo que para responder era preciso se conhecer, saber do que se gosta. 

E para quem quiser matar saudade ai vão as perguntas... e para quem quiser se arriscar a fazer um caderno no mundo de hoje #ficaadica! 



Exemplos de perguntas: 

1. Qual o seu nome, apelido e idade? 

2. Você tem irmãos? Como eles chamam e quantos anos eles têm? 

3. Onde você estuda e em que ano você está? 

4. O que você quer ser quando crescer? 

5. Qual a sua maior qualidade? 

6. Qual o seu maior defeito? 

7. O que você mais admira em uma pessoa? 

8. O que você não suporta em uma pessoa? 

9. Em uma amizade, o que não pode faltar? 

10. O que um amigo nunca pode fazer? 

11. Qual o seu esporte favorito? 

12. Para que time de futebol você torce? 

13. Qual a sua cor favorita? 

14. Você gosta de alguém ou tem namorado (a)? Qual o nome dessa pessoa? 

15. Qual a mania mais estranha que você tem? 

16. Qual foi o melhor momento da sua vida? 

17. Você gosta mais do dia ou da noite? 

18. Você prefere campo ou praia? 

19. Você gosta mais de sol ou chuva? 

20. Você acredita em destino? 

21. O que é Deus para você? 

22. Qual o seu estilo musical favorito? 

23. Qual a sua banda ou cantor(a) favorito? 

24. Qual a sua música favorita? 

25. Qual música já marcou algum momento da sua vida? 

26. Qual seu filme favorito? 

27. Qual seu livro favorito? 

28. Qual a coisa mais maluca que você já fez? 

29. Você tem ou já teve algum apelido que detestou? Qual? 

30. Qual foi a melhor e a pior viagem da sua vida? 

31. Onde você gostaria de estar agora? 

32. Qual o programa de TV que você ama? E qual você detesta? 

33. Qual o seu desenho animado favorito? 

34. Qual a sua comida favorita? E qual você odeia? 

35. O que é um dia ideal para você? 

36. Qual o seu animal favorito? 

37. Você já dançou na chuva? 

38. Qual o cheiro mais estranho que você já sentiu? 

39. Você tem medo de alguma coisa? Escreva o que é. 

40. Você gosta de comemorar o seu aniversário? 

41. Quando você tem crise de riso? 

42. Se pudesse ser um objeto, o que você seria? 

43. Se fosse um animal, qual seria? 

44. O que os seus amigos acham de você? 

45. Descreva como você é por dentro e por fora. 

46. O que você sabe sobre o meio ambiente? 

47. Qual a mensagem que você gostaria de deixar para as pessoas que vão ler este caderno?







terça-feira, 15 de agosto de 2017

Disposição Pessoal

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A forma como percebemos as coisas ao nosso redor estão ligadas a nossa percepção, ao nosso sistema de valores e, até mesmo, a nossa hereditariedade. Por isso, tudo pode nos deixar felizes ou mesmo estressados, até mesmo acontecimentos felizes, tais como casar, ganhar na loteria ou encontrar um ente querido após uma longa ausência. 

Uma mesma situação pode ser percebida de modo totalmente diferente entre dois indivíduos, ou seja, o que parece bom para uma pessoa pode ser muito ruim para outra. 

Um farol vermelho pode ser interpretado por uma pessoa como um objeto útil para disciplinar o trânsito, enquanto para outra pessoa pode significar uma fonte de irritação. Além do mais, a mesma pessoa pode perceber e reagir de forma diferente diante das mesmas situações em momentos diferentes, dependendo do estado emocional geral.

Nossos pensamentos e sentimentos muitas vezes caminham soltos e muitas vezes manifestamos nossas emoções com coisas que só existem em nossa imaginação. 

A maneira como pensamos sobre nosso passado e imaginamos nosso futuro é uma forma pela qual podemos desencadear emoções que podem aumentar ou diminuir nossa disposição pessoal. Reviver lembranças desagradáveis, imaginar situações ameaçadoras ou visualizar o presente ou o futuro com apreensão, ansiedade ou medo, conduz à reação de estresse que muitas vezes nos paralisa e nos impede de buscar a realização de nossos desejos e sonhos.

Na vida prática, vemos algumas pessoas naturalmente ansiosas que reagem de forma negativa aos estímulos apresentados pela vida. Vejamos por exemplo, a tarefa de ter que falar em público. Há pessoas que identificam esse compromisso como sendo altamente estressante, enquanto outras não. Essas pessoas podem estar ansiosas devido à insegurança, o temor, à auto-estima um tanto baixa, falta de auto-confiança, etc.

Felizmente, o inverso também é verdadeiro, uma vez que temos a possibilidade de fazer um bom uso da nossa imaginação. Enquanto os pensamentos negativos e produtores de ansiedade conduzem ao estresse, a imaginação de situações agradáveis e pensamentos positivos têm um efeito benéfico sobre o corpo produzindo uma sensação de bem-estar.





terça-feira, 1 de agosto de 2017

Agosto mês do desgosto?



Agosto mês do desgosto? Que nada! Agosto é o mês que começa o semestre, que chegamos recarregados de energia após um período de férias. 

Fazer de agosto um mês superlegal só depende de nós assim como os outros 11 meses do ano. 

Essa crença de que agosto é o mês de desgosto vem do século XVI - época das grandes navegações - as caravelas portuguesas iam ao mar no mês de agosto. De modo que, as namoradas dos navegadores nunca casavam nesse mês. Primeiro, porque não poderiam desfrutar da lua de mel; e, segundo, porque poderiam passar rapidamente da condição de recém-casadas para a de viúvas.

Segundo o escritor português Mário Souto Maior, ficou, então consagrada essa tradição com a frase: "casar em agosto traz desgosto". Ora bem, quando ela (a frase) chegou aqui, fizemos o que mais gostamos de fazer com nomes e expressões: abreviar, reduzir. E assim, agosto virou "mês do desgosto".

Fazer de agosto um mês superlegal só depende de nós assim como os outros 11 meses do ano. 


Bom semestre!



quinta-feira, 27 de julho de 2017

Valorize!



O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderia redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:

“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro.   A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda”.

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pensei mais nisso, disse o homem.  Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha. 


Essa história ilustra um momento de vida.   Muitas vezes estamos na mesma situação temos tudo o que precisamos naquele momento para sermos felizes mas olhamos em volta e desejamos o que outras pessoas tem e automaticamente nos sentimos infelizes.

Tendemos a sofrer por aquilo que ainda nem aconteceu e talvez o problema nem seja tão grande quanto pensamos. 

É interessante perceber que as pessoas que valorizam o que tem parecem viver em uma constante festa, está sempre de bom humor e aquela pessoa que está concentrada no que os outros tem e naquilo que lhe falta sofrem o tempo todo.


Valorize!!!! E viva sua festa!!!!!!





terça-feira, 11 de julho de 2017

Doenças do trabalho: Síndrome de Burnout


A síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico que está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

Caracteriza-se por uma dedicação exagerada à atividade profissional, por um desejo de ser o melhor e sempre. Demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio a necessidade de se afirmar e o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.



Sintomas

Os sintomas são variados: sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.

Dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem, também, estar associadas à síndrome.


Tratamento

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.






quinta-feira, 6 de julho de 2017

INSÔNIA



A insônia é definida como a dificuldade de iniciar ou manter o sono, ou como um sono que não tem sido reparador por um longo período. 

Sabe-se que muitas podem ser as causas desencadeantes da insônia, entre elas estão os fatores físicos e os fatores psicológicos. 

Essas causas aparecem ao longo da vida e apresentam-se por diversos motivos. Entre as causas físicas podemos considerar: alteração de horário padrão de sono, ambiente inadequado para conciliar o sono, excesso de luz, cama desconfortável, alguma doença das vias respiratórias, a poluição sonora, ou seja, a vivência em ambientes com altos níveis de ruído, entre outras.

E nas causas psicológicas podemos considerar o estresse, excesso de preocupações, depressão, emoções, etc. 

O tratamento pode ir desde a modificação dos hábitos inadequados para dormir até o tratamento da causa da insônia com medicamentos antidepressivos nos casos de depressão e outros medicamentos e psicoterapia em alguns casos.





terça-feira, 4 de julho de 2017

Psicoterapia para adolescentes



Na adolescência, quase tudo se renova, se transforma.    O corpo, gestos, pensamentos, emoções, desejos, direitos e responsabilidades.   É uma fase de transição onde a infância fica para trás e a identidade é remodulada.  Fase de experimentações, dúvidas, ilusões, ousadias, conquistas externas e internas que marcam uma nova forma de ser e estar no mundo.

É na adolescência que surge o momento de estabelecer novos laços fora do ambiente familiar.  Amigos, amores, paixões e parcerias que compartilham visões de mundo e os diferenciam dos pais na busca de sua nova identidade pessoal.

Aqui surgem os riscos da idade, seja pela impulsividade, pelas experimentações, rebeldia, comportamentos transgressores ou comportamentos aparentemente patológicos e são essas situações que fazem com que os pais pensem em como lidar com elas sem interferir no bom desenvolvimento do adolescente. 

Cabe à família lidar com as atitudes do adolescente e nesse período pode-se contar com a orientação profissional de um psicólogo que ajudará no conhecimento do desenvolvimento psicológico e social dessa fase. 

A proposta da terapia com adolescentes é oferecer um espaço "neutro", uma escuta especializada e atenta de um psicólogo, em que o adolescente possa sentir-se livre para falar de suas angústias, anseios, desejos, medos, idéias e dúvidas, buscando informações sobre questões que normalmente surgem nessa fase do desenvolvimento.   É um espaço para pensar sobre sua nova condição de existir e sentir-se acompanhado nesse momento de mudanças, o que pode lhe possibilitar amadurecimento e desenvolvimento pessoal.




segunda-feira, 26 de junho de 2017

Síndrome de Segunda Feira


Segunda-feira é o dia da semana que alguns detestam, outros odeiam. Mas poucos sabem que o dia mais impopular da semana é também o mais prejudicial à saúde. Aquela inexplicável sensação de preguiça e indisposição que afeta boa parte dos mortais e os obriga a permanecer por mais tempo na cama pode causar problemas físicos e psicológicos, como estresse, sudorese, ansiedade e taquicardia.


Na maioria dos casos, a síndrome da segunda-feira já começa no dia anterior. Muitas pessoas sentem calafrios na espinha só por ouvir o tema do programa de televisão Fantástico! Imediatamente lembram que terão pela frente mais uma semana de trabalho e já começam a sofrer os efeitos da síndrome.

"A síndrome da segunda-feira não chega a ser uma patologia, mas é um sintoma de que algo não vai bem na vida daquela pessoa. Por isso mesmo, o mais importante a fazer é tentar identificar as suas causas. Em muitos casos, essa síndrome não está relacionada apenas à vida profissional. Pode ser motivada também pelos estudos e até mesmo pelo casamento", alerta o psiquiatra Leonardo Gama Filho.

Uma das formas de lidar com essa síndrome é dar a nossa vida “cobertura e recheio”. Precisamos de cores e cheiros, risos, conversas, silêncio, prazer, responsabilidade, olho no olho, corpo livre e respiração profunda sempre!

Não podemos reduzir nossa vida aos finais de semana e ainda por cima com hora marcada.

Precisamos organizar nosso tempo com atividades prazerosas que envolvam toda a semana, ou pelo menos, alguns dias. Precisamos equilibrar nossos movimentos entre cuidar do outro, cuidar de nós mesmos, cumprir os compromissos que julgamos importantes e usufruir dos prazeres da vida.

Enfiem, resgatar o sentido da vida de segunda a segunda!






quarta-feira, 31 de maio de 2017

REPETÊNCIA ESCOLAR



Em primeiro lugar é preciso entender que a repetência é antes de qualquer coisa, um sinal de alerta.  É um sinal de “socorro não estou dando conta” que pode estar relacionado com dificuldades específicas em algumas matérias somadas a problemas emocionais e até de adaptação.

Problemas como brigas dos pais, doença na família, dificuldade de se relacionar com os amigos e baixa auto-estima podem influenciar no desenvolvimento escolar resultando na reprovação.

Normalmente, o aluno já sabe ou desconfia que vai repetir de ano e os principais motivos que levam a repetência estão relacionados à falta escolar, média insuficiente devido a um rendimento inferior ao esperado e/ou imaturidade para cursar a próxima. 

Sendo assim, o primeiro passo para superar essa situação é identificar o porquê da reprovação e em seguida estar preparado para uma nova turma.

O papel dos pais na superação da fase de reprovação de seus filhos é fundamental.  O filho deve ser orientado para que ele identifique a situação e perceba o quanto ele foi responsável por ela ou não.  A repetência deve ser encarada como uma nova possibilidade de aprendizado e experiência de vida.




terça-feira, 30 de maio de 2017

Depressão é uma doença que pode ser tratada



O que é depressão?

Depressão não é apenas uma sensação de tristeza ou de “baixo astral”.   É mais do que se sentir triste ou ficar de luto após uma perda.  A depressão é uma doença (tanto como o diabetes, a pressão arterial elevada ou as doenças cardíacas), que afeta seus pensamentos, seus sentimentos, sua saúde e seu comportamento.

A depressão pode ser causada por diversos fatores, incluindo: história familiar, outras doenças, alguns medicamentos e uso de drogas ou álcool.

Algumas situações da vida (como “stress” intenso ou luto) podem desencadear a depressão ou impedir uma recuperação completa.  Em algumas pessoas, a depressão ocorre mesmo quando tudo está bem.

A depressão não é uma fraqueza.  É uma doença! E pode ser tratada.


Possíveis sintomas

· Sensação de lentidão ou de inquietação, com incapacidade de permanecer quieto.

· Sentimentos de autodesvalorização ou de culpa.

· Aumento ou redução de apetite ou de peso.

· Idéias freqüentes de morte ou suicídio.

· Dificuldade para se concentrar, raciocinar, memorizar, ou tomar decisões.

· Insônia ou excesso de sono.

· Perda de energia ou cansaço persistente.


Avaliação diagnóstica e tratamento

O primeiro passo para iniciar um tratamento apropriado são avaliações físicas e psicológicas com os quais se pode determinar se é uma doença depressiva e de que tipo.  O tratamento de escolha dependerá do resultado da avaliação


Como o tratamento vai ajudar?

O tratamento tem o objetivo de eliminar os sintomas da depressão e permitir que a pessoa volte à vida normal.  Quanto mais cedo for à procura de tratamento, melhor a recuperação e maior a qualidade de vida. 



quinta-feira, 25 de maio de 2017

O adolescente e a família


A adolescência exige mudanças estruturais e constantes renegociações de papéis dentro da família porque envolve naturalmente duas gerações.   A tensão no relacionamento vem de ambos os lados: pais e filhos. 

Os pais precisam aprender a ter um relacionamento adulto com os filhos crescidos, pois é a família quem deve proporcionar autonomia para o jovem e favorecer seus papéis adultos (socialização/individuação) e com condições de tomar suas próprias decisões. 

Na maioria das famílias, com filhos adolescentes, os pais estão com seu foco de atenção em outros pontos (muitas vezes reavaliando casamento e a carreira) e deixam de prestar atenção às necessidades de seus filhos adolescentes.  O filho que reivindica independência pode vir a criticar os pais que a concedem com facilidade.  O desejo de independência é natural, mas a perspectiva de uma independência completa é assustadora. 

O jovem precisa de limites dos pais e ele quer ter esses limites para se sentir parte de um grupo, sentir-se amado e protegido. 

A melhor filosofia a ser aplicada nesta fase pode ser chamada de “afrouxe e aperte”: dizer “sim” sempre que possível; “não”, quando preciso.   Sem medo da reação do filho.  “Pais podem falar o quanto quiserem, mas só irão ensinar quando praticarem o que pregam”. (Arnold Glasow).

Flexibilidade é necessária.  O mais importante de tudo é não se afastar emocionalmente do filho.




terça-feira, 23 de maio de 2017

O QUE É DESLIGAMENTO EMOCIONAL?


Desligamento não significa deixar de amar, significa que não posso fazer pelo outro aquilo que ele precisa fazer.

Desligamento não é cortar a comunicação, é admitir que não posso controlar outra pessoa.

Desligamento não é facilitação, mas deixar que haja aprendizado através das conseqüências naturais.

Desligamento é admitir impotência, o que significa que a solução não está nas minhas mãos.

Desligamento não é tentar mudar ou culpar o outro, é fazer o melhor para mim mesmo.

Desligamento não é cuidar do outro, mas sim importar-se com o outro.

Desligamento não é consertar, mas dar apoio.

Desligamento não é julgar, mas permitir que o outro seja um ser humano.

Desligamento não é ficar no meio, controlando os resultados, mas deixar que os outros influam nos seus próprios destinos.

Desligamento não é ser protetor, é permitir que o outro encare a realidade.

Desligamento não é negar, mas aceitar.

Desligamento não é azucrinar, rejeitar ou discutir, mas descobrir as próprias limitações e corrigi-las.

Desligamento não é ajeitar tudo de acordo com os próprios desejos, mas viver cada dia que vier e si mesmo (a) nesse dia.

Desligamento não é se arrepender do passado, mas crescer e viver o presente.

Desligar-se é temer menos e amar mais. 

Autor desconhecido




quinta-feira, 18 de maio de 2017

Falando sobre limites




Quando penso sobre limites ou converso sobre esse assunto com pais ou famílias em meu consultório, sempre me vem a imagem das águas de um rio. O que seria delas sem suas margens em todo seu percurso? Quando em excesso pela ação da chuva, essas mesmas águas causam inundações e danos ao homem, por não terem o que lhes dê um limite.

Por outro lado, a água represada e devidamente canalizada gera energia, é útil ao ser humano. Assim, também acontece conosco.

Sendo assim, a ausência, excesso ou rigidez de limites não ajudam. A criança precisa de parâmetros. A criança não deve se sentir culpada pelos seus atos, mas responsável por estes.


Mas, o que é dar limites?

De um modo didático, mas sem qualquer intenção de oferecer uma receita de bolo, pode-se dizer que dar limites: 

· É uma maneira de dar segurança à criança e mostrar que você se importa com ela.

· É ensinar que existem outras pessoas no mundo e os direitos de uma pessoa acabam onde começam os direitos dos outros. 

· Dizer sim, sempre que possível e, não, sempre que necessário. Dizer não quando necessário é uma forma de mostrar às crianças que nem tudo é possível, e que a vida é assim, cheia de nãos pela frente. 

· Mostrar que não podemos crescer, achando que todos no mundo têm que satisfazer nossos mínimos desejos. Isso é preparar a criança para lidar com questões muito importantes nas relações interpessoais.

· Antes de dar e pedir limites, os pais devem ,principalmente, ter e saber dar limites a si mesmos. Não se consegue educar sem coerência, persistência e tolerância.











quarta-feira, 17 de maio de 2017



“E se tudo der errado? E se toda espera não valer a pena? E se mesmo mudando a trilha eu quiser voltar para a antiga? E se esquecer for um erro? E se todo o apoio dado tiver sido em vão? E se a paciência e a perseverança não serviram em nada? E se o acreditar no verdadeiro tiver sido inútil? E se o arrependimento não vier? E se o fim já estiver escrito e a ilusão dominar? E se for apenas confusão e a impaciência vencer? E se tiver sido falso? E se tiver sido confuso? E se tiver sido enganador? E se tiver sido verdadeiro? E se tiver sido misericordioso? E se tiver sido só empolgação? E se estiver sendo resistente? E se estiver sendo testado? E se for uma surpresa? E se for incapaz? E se na verdade nunca tiver existido? E se...?”
By Glauco Artagoitia


Muitas vezes nos perdemos nessa pequena questão “e se?” e nos esquecemos de quem somos e qual nosso objetivo real. Ficamos presos a uma possibilidade e nos esquecemos de agir... de acreditar... de aceitar a vida como ela é.

Aproveitem cada minuto com o que Deus nos dá todos os dias. 

A vida!


terça-feira, 9 de maio de 2017

QUANDO PROCURAR UM PSICÓLOGO


 SITUAÇÕES E QUEIXAS


 Abaixo listo algumas situações e queixas que podem levar uma pessoa a procurar um psicólogo.


Abstinência de drogas
Abuso de drogas
Abuso sexual angustia
Adaptação escolar
Adoção
Afetividade
Agitação psicomotora
Agorafobia
Alcoolismo
Alteração da personalidade
Alteração do comportamento
Alzheimer
Amnésia
Anorexia
Ansiedade
Auto-estima (auto imagem)
Automutilação
Aversão sexual
Bruxismo
Bulimia nervosa
Capacidade de enfrentamento
Casamento precoce
Choque cultural
Choro frequente
Ciúmes
Cleptomania (roubo patológico)
Complexo de inferioridade
Comportamento antissocial
Comportamento sexual compulsivo
Compulsão
Conflitos sociais
Déficit de atenção
Déficit de habilidade social
Dependência química
Depressão
Desatenção
Doença psicossomática (transtorno psicológico desencadeando uma doença no corpo) 
Enorese / ecoprese
Esgotamento
Estresse
Estressores sociais
Exibicionismo
Fobia
Frigidez feminina
Frustração
Fuga de ideias
Hiperatividade
Hipocondria
Histerismo
Imagem corporal
Impotência
Impulsividade
Insegurança
Irritação
Limites
Luto morte
Masoquismo
Medo exagerado
Mentiras
Narcisismo
Negação
Neurose
Obesidade
Obsessão
Orientação profissional
Pânico
Paranoia
Pensamentos suicidas
Perversão sexual
Pessimismo
Problema de aprendizagem
Problema familiar
Raiva
Regressão
Sentimento de culpa
Separação dos pais
Sexualidade
Timidez
Tique nervoso
TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo
Transtorno alimentares (anorexia, bulimia, compulsão alimentar).
Transtorno Bipolar
Transtorno de conduta
Transtorno de personalidade
Transtorno do Sono (insônia, agitação, cansaço, etc.)

Trauma