A adolescência exige mudanças estruturais e constantes renegociações de papéis dentro da família porque envolve naturalmente duas gerações. A tensão no relacionamento vem de ambos os lados: pais e filhos.
Os pais precisam aprender a ter um relacionamento adulto com os filhos crescidos, pois é a família quem deve proporcionar autonomia para o jovem e favorecer seus papéis adultos (socialização/individuação) e com condições de tomar suas próprias decisões.
Na maioria das famílias, com filhos adolescentes, os pais estão com seu foco de atenção em outros pontos (muitas vezes reavaliando casamento e a carreira) e deixam de prestar atenção às necessidades de seus filhos adolescentes. O filho que reivindica independência pode vir a criticar os pais que a concedem com facilidade. O desejo de independência é natural, mas a perspectiva de uma independência completa é assustadora.
O jovem precisa de limites dos pais e ele quer ter esses limites para se sentir parte de um grupo, sentir-se amado e protegido.
A melhor filosofia a ser aplicada nesta fase pode ser chamada de “afrouxe e aperte”: dizer “sim” sempre que possível; “não”, quando preciso. Sem medo da reação do filho. “Pais podem falar o quanto quiserem, mas só irão ensinar quando praticarem o que pregam”. (Arnold Glasow).
Flexibilidade é necessária. O mais importante de tudo é não se afastar emocionalmente do filho.
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